segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
PERCEBES?!
ELOGIO AO AMOR - Miguel Esteves Cardoso
in Expresso
Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
in Expresso
Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
Há coisas que nunca mudam...
Há coisas que nunca mudam e nós somos uma delas!
Não tenhas a ilusão de que vamos ser diferentes porque eu sou a mesma mas com outro sorriso e tu és o mesmo mas com outra experiência!
Há coisas que nunca mudam e temos simplesmente de nos conformar com elas da mesma maneira que nos conformamos como um "porque não"!
Quando o amor chegava, quando o amor valia a pena e era a única coisa que tínhamos convencemo-nos de que era pouco, de que de outro lado havia melhor!!
Não há! O amor chegava porque amar é muito mais do que se pode ver, muito mais do que se pode sentir, muito mais do que se pode pagar...porque o amor se constrói!
Hoje pra mim o amor já não chega..não esse amor fingido em que apenas se recebe sem se dar, em que se mente, se traí, se magoa e esconde pra no fim oferecer flores e dizer "amo-te". Esse amor não vale nada e foi todo o amor que me deste.
Não me deste o amor em que se ri, em que se namora, em que se divide em que se apoia...não, deste-me o outro e o outro chagava-me; pra mim era tanto e tão bom!!
Que a minha vida está na mesma? Está, sou a mesma miúda de sapatilhas, de cores escuras e de mão na cintura que tu amavas mas tenho algo que tu não tens: vontade de ser feliz e a certeza que mereço outro tipo de amor que não aquele que faz ferida e dói!
Não estou contigo não é porque não quero. É porque tu não fizeste por merecer, porque me mentiste, porque me magoaste, porque não confiaste em mim e não me quiseste contigo!
Não posso, e tu sabes! Não posso porque não posso, não posso porque não quero.
O amor já não chega e neste momento não troco o meu sorriso por "central" nenhum!;)
O que sinto por ti vai ficar pra sempre mas lá bem no fundo, onde ninguém, alem de nós, o possa ver!!!
Tenho saudades tuas...
Miss U* babe
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Ai destino, ai destino...
O que me queres dizer? O que me queres fazer entender? Que decisão queres que eu tome?
Tou completamente indecisa, diria mesmo que com um problema existencial!!
1º era preciso exame de acesso...eu não fiz!
Depois era preciso mestrado, e eu fiz!
Depois deixou de ser preciso o exame e o mestrado e eu deixei passar o prazo de inscrição!
O bastonário ameaçou com o mestrado concluído e eu conformei-me...!
Agora o Tribunal Constitucional julgou inconstitucional qualquer entrave a inscrição na Ordem. A Ordem aumentou o prazo de inscrição e eu fiquei a pensar!!
Oh meu Deus, o que é que me queres dizer?!
É pra me inscrever na Ordem, fazer tudo ao mesmo tempo e acabar com a pouca sanidade mental que ainda me resta?!
E se é para me inscrever: Évora ou Lisboa?!
Oh pah, tou mesmo perdida?!
Ordem ou não... Lisboa ou Évora...Bolas!! Mais uma decisão difícil!!=/
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Noticias das 22h!
Ora, notícia de última hora:
"por causa da atracção gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado!"
Hum..interessante não?!
A consequência de andar a empurrar as estrelas é nem mais nem menos que: a mudança de signo (ora lá está um efeito que nem toda a gente consegue!).
Pois é meus senhores, esqueçam os ascendente como explicação para os vossos comportamentos fora da orbita dos signos.
A solução está aqui: afinal os signos andavam todos errados!!
"Ah!! Então era isso! O meu signo nunca referiu o meu mau feitio, os meus ciúmes ou o meu perfeccionismo...", dirão vocês! Está explicado.
E está explicado também porque é que a Maia nunca, mas por nunca ser, acerta nas previsões pro meu dia...o signo não é o meu!!
Quanto a mim, não sei bem qual o signo com que irei ficar mas (só pra nós!) qualquer um deve ser melhor do que o meu, embora eu goste de ser descrita como "versátil e intelectual" ou não fosse eu gémeos ( ou será que hoje já sou caranguejo?)!Lol
Só mesmo os americanos pra darem conta da nossa cabeça!!
Cá pra mim, hoje sinto-me...ESCORPIÃO!!=p
ehehe ;)
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Só mais 3!!!
Vamos la ver se nos entendemos: eu tive exame ontem!!
Hoje apetecia-me passar o dia a ver desenhos animados ou até mesmo a dormir...mas não!!Como o pessoal da faculdade é amiguinho, não podia ficar-se por um só exame. Assim sendo ainda me faltam mais 3!!
Conclusão: Mais 3 semanas neste frenesim de livros, acórdãos, a dormir pouco e a estudar muito!!
Acho que ja tinha perdido o jeito, afinal não fazia um exame escrito há mais de 6 meses... Ate me podia habituar a essa vidinha!!
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
ah?! Não percebi!!
Quais saldos, aqueles amontoados de roupa, muitas vezes fantástica, que compramos por preços bem pequeninos?
Esses saldos???
Não! Saldos desses não vi!!:)
Como diria o Nilton: "Bela merda os saldos...!"=/
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